Ao estudarmos o Livro de Mórmon o primeiro relato que encontramos conta
à história de um Profeta Israelita da Tribo de Manasses que viveu a
maior parte de sua existência mortal na grande cidade de Jerusalém, este
homem chamado Leí tinha um profundo amor pelos de sua pátria e
sentia-se profundamente codoído pelas iniquidades de seu povo, este
pesar que sentia pelos erros cometidos por seus irmãos fizera-o orar com
toda a sinceridade em favor deles, conforme lemos: “(...) enquanto
seguia seu caminho, orou ao Senhor, sim, de todo o coração, em favor de
seu povo”[1], ao estudarmos esta parte do registro podemos sentir o
profundo amor e caridade que ele tinha pelos seus irmãos. Tal amor
fizera-o aceitar o chamado do Senhor de pregar arrependimento ao povo de
sua cidade, “Portanto quero que saibais que, depois de o Senhor ter
mostrado a meu pai, Leí, tantas coisas maravilhosas, sim, referentes à
destruição de Jerusalém, eis que este se dirigiu ao povo e começou a
profetizar e declarar as coisas que vira e ouvira.”[2] É verdade que boa
parte da sua pregação residia no fato da eminente destruição de
Jerusalém caso o povo não se arrependessem, mas acredito também que uma
parte considerável de seus sermões era direcionado a ensinar ao povo a
respeito do sacrifício expiatório do Salvador Jesus Cristo e seu futuro
advento afim de organizar a sua igreja e cumprir a lei de Moisés. Por
causa de suas pregações serem tão duras contra a iniquidade e
consequentemente contra as pessoas que estavam enveredadas neste
caminho, ele é perseguido e depois de receber em um sonho uma revelação,
foge para o deserto a fim de preservar sua família e cumprir assim a
profecia de que o Senhor levaria um ramo da tribo de José para outras
terras.
O Profeta Leí foi um grande exemplo de obediência ao Senhor e aos seus mandamentos, realmente não foi fácil ter que abandonar todos os seus bens para vagar pelo deserto em busca de uma terra prometida, enfrentar o sol escaldante daquele deserto tendo como proteção as humildes e comuns tendas daquela região. Creio que as adversidades climáticas não eram fáceis de suporta, mas penso que a incompreensão e rebelião de seus dois filhos mais velhos ante aquela mudança, era o que mais o angustiava nesta jornada. Leí tinha uma profunda fé e também uma prova sobre o motivo daquela mudança, ele tivera uma visão onde testemunhara o ministério e sacrifício do Salvador Jesus Cristo, este fato servira de testemunho para que ele seguisse em frente, em outras palavras foi o seu testemunho que o mantivera firme em meio a todas as adversidades a que foi exposto. Como diz o hino 71 do hinário em português: “Um testemunho é dom de Deus que vem nos confirmar a fé que temos no Senhor e a dúvida afastar”[3] O testemunho afastara de Leí a dúvida e proporcionara-lhe a fé para perseverar na difícil jornada em busca da terra da promissão, diferentemente de seu filhos Lamã e Lemuel que por ausência de um firme testemunho sempre estavam a reclamar das dificuldades e não tinham fé nem compreendiam os mandamentos de Deus. Ao analisarmos estes fatos e identificarmos a importância do testemunho neste caso e em nossas vidas, o que podemos fazer para fortalecer a chama de nosso testemunho de modo que ela nunca se apague? O que podemos fazer para não permitir que a luz proveniente desta chama seja ofuscada pela dúvida e incompreensão dos mandamentos de Deus?
Gostaria de compartilhar com vocês três chaves importantes que ajudam a obtermos um testemunho de Deus e de sua obra e para aqueles que já obtiveram a fortalecer o testemunho adquirido, estas chaves são: A Oração Sincera, A Leitura Diária das Escrituras e o Serviço Abnegado nos Chamados da Igreja.
A Oração Sincera
A oração conforme definido pelo guia para o estudo das escrituras é “uma comunicação reverente com Deus durante a qual a pessoa agradece e pede bênçãos. (...) Os pensamentos também podem ser uma oração, se forem dirigidos a Deus. O cântico dos justos pode ser uma oração a Deus. [4] A oração é uma grandiosa benção dada aqueles que anseiam por cumprir os mandamentos de Deus, através dela podemos expressar gratidão pelas bênçãos adquiridas bem como pedir ao Senhor forças e compreensão sobre os seus desígnios.
A comunicação com Deus abre um canal invisível e real, como um raio poderoso e bem dirigido ilumina a mente do servo humilde e penitente, ao nos colocarmos ante esta luz podemos dissipar as trevas que rodeiam a nossa condição carnal e pecaminosa. A oração é um poder real que permiti-nos sentir o amor de Deus e quase sempre é a primeira chave para obtenção de um testemunho vigoroso da divindade. O Profeta Morôni reconhecendo o papel da oração na obtenção de um testemunho aconselhou-nos “(...) eu vos exorto a perguntardes a Deus, o Pai eterno em nome de Cristo, (...) e se perguntardes com um coração sincero e com real intenção, tendo fé em Cristo, ele vos manifestará a verdade delas pelo poder do Espírito Santo [5]. Para a oração ser sincera é preciso que estejamos dispostos a colocar em prática aquilo que formos compelidos a fazer, se estamos orando sobre determinado assunto ou pedindo uma benção específica, precisamos estar dispostos a agir conforme o nosso pedido. Imaginemos que um homem está desempregado e à procura de um emprego, ele então ora ao Senhor em busca de ajuda, pede ao Senhor que possa abençoá-lo com um emprego, mas depois disto nada faz para consegui-lo. Vocês acreditam que tal homem orou com sinceridade de coração? A atitude por ele demonstrada depois da oração faz-me acreditar que não. Existe uma citação de autor desconhecido que pode claramente representar este princípio “Devemos orar como se tudo dependesse do Senhor e depois agir como se tudo dependesse de nós mesmos.” Eis um bom princípio que podemos aplicar para saber se as nossas orações tem sido tão sinceras quanto possível.
Nas escrituras podemos encontrar vários exemplos verdadeiros de orações sinceras, gostaria de destacar dentre os muitos exemplos à oração do Profeta Joseph Smith quando na ocasião da primeira visão. Naquela manhã de primavera aquele jovem sentiu-se compelido a orar e perguntar a Deus qual de todas as igrejas era verdadeira, ele acreditava firmemente que o Senhor poderia responder-lhe aquela oração, ele se dirigiu ao bosque e ajoelhou-se em meio às folhas e então derramou os sentimentos de seu coração em oração a Deus. O acontecimento seguinte foi milagroso, em resposta àquela oração o próprio Pai Celestial e seu filho Jesus Cristo apareceram àquele jovem. Irmãos e Irmãs, nós precisamos aprender a derramar os sentimentos de nosso coração em oração ao nosso amado Pai Celestial, quando isso fazermos milagres poderão ser vistos diariamente. Gostaria de dar alguns pequenos conselhos que julgo conveniente ao orarmos sinceramente:
1. Concentre-se inteiramente na conversa que estará fazendo.
2. Abra o seu coração e seus sentimentos
3. Fale de maneira calma e reverente
4. Acredite firmemente que o Pai Celestial está ouvindo atentamente sua oração
5. Ouça
6. Não fale ininterruptamente. Pare um pouco de vez em quando e analise seus sentimentos, pensamentos e impressões.
7. Esteja disposto a por em prática aquilo que lhe for pedido.
Existem muitos outros conselhos que seriam aplicáveis para estabelecermos um bom relacionamento com o nosso Pai Celestial, mas acredito que estes são essenciais. Gostaria de falar agora de uma outra importante chave para o fortalecimento de nosso testemunho.
Leitura Diária das Escrituras
As escrituras são uma poderosa ferramenta preparada pelo Senhor para que pudéssemos sentir o seu Espírito mais presente em nossa vida, à exposição a esta companhia divina proporciona uma força espiritual grandiosa. A leitura das escrituras está intimamente ligada à oração, como diz a seguinte citação “Quando queremos falar com o Senhor oramos, mas quando queremos que o Senhor fale conosco estudamos as escrituras.” Quando estudamos as escrituras somos expostos à linguagem do Espírito e através do aprendizado desta linguagem divina podemos melhorar cada vez mais a nossa comunicação com o nosso Pai Celestial, pois a leitura das escrituras prepara a nossa mente e espírito para entendermos os mistérios de Deus. [6]
Gostaria de compartilhar um exemplo de como a leitura das escrituras prepara a nossa mente para entendermos os mistérios de Deus. Esta é a história de Joseph Fielding Smith registrada em Doutrina e Convênios 138, lemos:
“Em três de outubro do ano de mil novecentos e dezoito, sentei-me em meus aposentos meditando sobre as escrituras; E refletindo sobre o grande sacrifício expiatório que foi feito pelo Filho de Deus, para a redenção do mundo; E o grande e maravilhoso amor manifestado pelo Pai e o Filho na vinda do Redentor ao mundo; Para que, por meio de sua obediência aos princípios do evangelho, a humanidade fosse salva. Enquanto estava assim ocupado, minha mente voltou-se para os escritos do apóstolo Pedro aos santos da antiguidade espalhados por Ponto, Galácia, Capadócia e outras partes da Ásia Menor, onde o evangelho fora pregado após a crucificação do Senhor. Abri a Bíblia e li os capítulos três e quatro da primeira epístola de Pedro e, ao ler, fiquei muito impressionado, mais do que havia ficado antes (...). Enquanto refletia sobre essas coisas que estão escritas, os olhos de meu entendimento foram abertos e o Espírito do Senhor repousou sobre mim (...) [7]
Esta passagem nos ensina várias coisas sobre a leitura das escrituras, primeiro que o Profeta Joseph Fielding Smith estava bem tranquilo ao estudar as escrituras, neste caso específico em seu quarto, segundo ele permitia-se refletir sobre as passagens que estava estudando, aparentemente sem qualquer preocupação em terminar logo a sua leitura. Ele estava estudando porque queria aprender algo e não apenas para acatar um pedido de alguém que o convidara a ler ou a cumprir determinada meta. Depois de estudar e meditar a sua mente foi exposta a uma grandiosa manifestação celestial, ele desvenda um mistério até então oculto para os santos desta dispensação. Com isso aprendemos que a leitura das escrituras permiti-nos receber e compreender as respostas de nosso Pai Celestial, algumas das verdades que poderão ser-nos reveladas servirão não só para o nosso benefício, mas também para o benefício daqueles que estão a nosso redor. Assim como a oração, nós precisamos aprender a como melhor estudar as escrituras para que possamos passar por experiências sagradas e espirituais. Precisamos estar dispostos a aprender do Senhor e quando aprendermos colocar em prática tudo o que nos for ensinado e podemos fazer isso através do serviço nos chamados da Igreja.
Serviço Abnegado nos chamados da Igreja
Atento-me agora a falar da última chave para o fortalecimento de nosso testemunho, que é o serviço abnegado nos chamados da Igreja. Todo ou qualquer princípio que aprendemos é para o benefício tanto nosso como daqueles que nos cercam. Se realmente amamos ao Salvador e a sua doutrina estaremos dispostos a vivê-la e ensiná-la ao nosso próximo, tendo em mente de que “(...) quando estais a serviço de vosso próximo, estais somente a serviço de vosso Deus [8] Ao servimos nos chamados da Igreja temos a oportunidade de aplicar os princípios aprendidos através da leitura das escrituras e da oração sincera e ao servir de maneira abnegada somos ensinados do alto, aumentarmos consideravelmente o nosso testemunho e ampliamos a nossa visão e entendimento sobre os princípios do evangelho.
Tenho carinho especial para letra do hino 136 ‘Neste Mundo, este hino nos traz um grande convite para que possamos servir ao nosso próximo. No refrão deste hino lemos “Desperta e faz algo mais, não queiras somente sonhar, pelo bem que fazemos a paz ganharemos, no céu que será nosso lar.” Se o nosso desejo é realmente voltar a viver com temos que aplicar os princípios aprendidos através da oração e da leitura das escrituras, precisamos ter o desejo pungente no coração de nos tornarmos instrumentos nas mãos de Deus para realizar a sua obra.
Testifico que estas três chaves são uma ferramenta poderosa para aumentarmos o nosso testemunho do evangelho de Jesus Cristo, posso testificar isso com toda a clareza, pois tenho visto isso em minha própria vida. Convido-os a utilizarem estas mesmas chaves para adquirirem e fortalecerem o seu testemunho, em nome de Jesus Cristo, amém.
NOTAS
1. 1 Néfi 1:5
2. 1 Néfi 1:18
3. Hino 71 do Hinário em Português
4. GGE, verbete Oração
5. Morôni 10:4
6. Autor desconhecido
7. D&C 138:1-6, 11
8. Mosias 2:17
O Profeta Leí foi um grande exemplo de obediência ao Senhor e aos seus mandamentos, realmente não foi fácil ter que abandonar todos os seus bens para vagar pelo deserto em busca de uma terra prometida, enfrentar o sol escaldante daquele deserto tendo como proteção as humildes e comuns tendas daquela região. Creio que as adversidades climáticas não eram fáceis de suporta, mas penso que a incompreensão e rebelião de seus dois filhos mais velhos ante aquela mudança, era o que mais o angustiava nesta jornada. Leí tinha uma profunda fé e também uma prova sobre o motivo daquela mudança, ele tivera uma visão onde testemunhara o ministério e sacrifício do Salvador Jesus Cristo, este fato servira de testemunho para que ele seguisse em frente, em outras palavras foi o seu testemunho que o mantivera firme em meio a todas as adversidades a que foi exposto. Como diz o hino 71 do hinário em português: “Um testemunho é dom de Deus que vem nos confirmar a fé que temos no Senhor e a dúvida afastar”[3] O testemunho afastara de Leí a dúvida e proporcionara-lhe a fé para perseverar na difícil jornada em busca da terra da promissão, diferentemente de seu filhos Lamã e Lemuel que por ausência de um firme testemunho sempre estavam a reclamar das dificuldades e não tinham fé nem compreendiam os mandamentos de Deus. Ao analisarmos estes fatos e identificarmos a importância do testemunho neste caso e em nossas vidas, o que podemos fazer para fortalecer a chama de nosso testemunho de modo que ela nunca se apague? O que podemos fazer para não permitir que a luz proveniente desta chama seja ofuscada pela dúvida e incompreensão dos mandamentos de Deus?
Gostaria de compartilhar com vocês três chaves importantes que ajudam a obtermos um testemunho de Deus e de sua obra e para aqueles que já obtiveram a fortalecer o testemunho adquirido, estas chaves são: A Oração Sincera, A Leitura Diária das Escrituras e o Serviço Abnegado nos Chamados da Igreja.
A Oração Sincera
A oração conforme definido pelo guia para o estudo das escrituras é “uma comunicação reverente com Deus durante a qual a pessoa agradece e pede bênçãos. (...) Os pensamentos também podem ser uma oração, se forem dirigidos a Deus. O cântico dos justos pode ser uma oração a Deus. [4] A oração é uma grandiosa benção dada aqueles que anseiam por cumprir os mandamentos de Deus, através dela podemos expressar gratidão pelas bênçãos adquiridas bem como pedir ao Senhor forças e compreensão sobre os seus desígnios.
A comunicação com Deus abre um canal invisível e real, como um raio poderoso e bem dirigido ilumina a mente do servo humilde e penitente, ao nos colocarmos ante esta luz podemos dissipar as trevas que rodeiam a nossa condição carnal e pecaminosa. A oração é um poder real que permiti-nos sentir o amor de Deus e quase sempre é a primeira chave para obtenção de um testemunho vigoroso da divindade. O Profeta Morôni reconhecendo o papel da oração na obtenção de um testemunho aconselhou-nos “(...) eu vos exorto a perguntardes a Deus, o Pai eterno em nome de Cristo, (...) e se perguntardes com um coração sincero e com real intenção, tendo fé em Cristo, ele vos manifestará a verdade delas pelo poder do Espírito Santo [5]. Para a oração ser sincera é preciso que estejamos dispostos a colocar em prática aquilo que formos compelidos a fazer, se estamos orando sobre determinado assunto ou pedindo uma benção específica, precisamos estar dispostos a agir conforme o nosso pedido. Imaginemos que um homem está desempregado e à procura de um emprego, ele então ora ao Senhor em busca de ajuda, pede ao Senhor que possa abençoá-lo com um emprego, mas depois disto nada faz para consegui-lo. Vocês acreditam que tal homem orou com sinceridade de coração? A atitude por ele demonstrada depois da oração faz-me acreditar que não. Existe uma citação de autor desconhecido que pode claramente representar este princípio “Devemos orar como se tudo dependesse do Senhor e depois agir como se tudo dependesse de nós mesmos.” Eis um bom princípio que podemos aplicar para saber se as nossas orações tem sido tão sinceras quanto possível.
Nas escrituras podemos encontrar vários exemplos verdadeiros de orações sinceras, gostaria de destacar dentre os muitos exemplos à oração do Profeta Joseph Smith quando na ocasião da primeira visão. Naquela manhã de primavera aquele jovem sentiu-se compelido a orar e perguntar a Deus qual de todas as igrejas era verdadeira, ele acreditava firmemente que o Senhor poderia responder-lhe aquela oração, ele se dirigiu ao bosque e ajoelhou-se em meio às folhas e então derramou os sentimentos de seu coração em oração a Deus. O acontecimento seguinte foi milagroso, em resposta àquela oração o próprio Pai Celestial e seu filho Jesus Cristo apareceram àquele jovem. Irmãos e Irmãs, nós precisamos aprender a derramar os sentimentos de nosso coração em oração ao nosso amado Pai Celestial, quando isso fazermos milagres poderão ser vistos diariamente. Gostaria de dar alguns pequenos conselhos que julgo conveniente ao orarmos sinceramente:
1. Concentre-se inteiramente na conversa que estará fazendo.
2. Abra o seu coração e seus sentimentos
3. Fale de maneira calma e reverente
4. Acredite firmemente que o Pai Celestial está ouvindo atentamente sua oração
5. Ouça
6. Não fale ininterruptamente. Pare um pouco de vez em quando e analise seus sentimentos, pensamentos e impressões.
7. Esteja disposto a por em prática aquilo que lhe for pedido.
Existem muitos outros conselhos que seriam aplicáveis para estabelecermos um bom relacionamento com o nosso Pai Celestial, mas acredito que estes são essenciais. Gostaria de falar agora de uma outra importante chave para o fortalecimento de nosso testemunho.
Leitura Diária das Escrituras
As escrituras são uma poderosa ferramenta preparada pelo Senhor para que pudéssemos sentir o seu Espírito mais presente em nossa vida, à exposição a esta companhia divina proporciona uma força espiritual grandiosa. A leitura das escrituras está intimamente ligada à oração, como diz a seguinte citação “Quando queremos falar com o Senhor oramos, mas quando queremos que o Senhor fale conosco estudamos as escrituras.” Quando estudamos as escrituras somos expostos à linguagem do Espírito e através do aprendizado desta linguagem divina podemos melhorar cada vez mais a nossa comunicação com o nosso Pai Celestial, pois a leitura das escrituras prepara a nossa mente e espírito para entendermos os mistérios de Deus. [6]
Gostaria de compartilhar um exemplo de como a leitura das escrituras prepara a nossa mente para entendermos os mistérios de Deus. Esta é a história de Joseph Fielding Smith registrada em Doutrina e Convênios 138, lemos:
“Em três de outubro do ano de mil novecentos e dezoito, sentei-me em meus aposentos meditando sobre as escrituras; E refletindo sobre o grande sacrifício expiatório que foi feito pelo Filho de Deus, para a redenção do mundo; E o grande e maravilhoso amor manifestado pelo Pai e o Filho na vinda do Redentor ao mundo; Para que, por meio de sua obediência aos princípios do evangelho, a humanidade fosse salva. Enquanto estava assim ocupado, minha mente voltou-se para os escritos do apóstolo Pedro aos santos da antiguidade espalhados por Ponto, Galácia, Capadócia e outras partes da Ásia Menor, onde o evangelho fora pregado após a crucificação do Senhor. Abri a Bíblia e li os capítulos três e quatro da primeira epístola de Pedro e, ao ler, fiquei muito impressionado, mais do que havia ficado antes (...). Enquanto refletia sobre essas coisas que estão escritas, os olhos de meu entendimento foram abertos e o Espírito do Senhor repousou sobre mim (...) [7]
Esta passagem nos ensina várias coisas sobre a leitura das escrituras, primeiro que o Profeta Joseph Fielding Smith estava bem tranquilo ao estudar as escrituras, neste caso específico em seu quarto, segundo ele permitia-se refletir sobre as passagens que estava estudando, aparentemente sem qualquer preocupação em terminar logo a sua leitura. Ele estava estudando porque queria aprender algo e não apenas para acatar um pedido de alguém que o convidara a ler ou a cumprir determinada meta. Depois de estudar e meditar a sua mente foi exposta a uma grandiosa manifestação celestial, ele desvenda um mistério até então oculto para os santos desta dispensação. Com isso aprendemos que a leitura das escrituras permiti-nos receber e compreender as respostas de nosso Pai Celestial, algumas das verdades que poderão ser-nos reveladas servirão não só para o nosso benefício, mas também para o benefício daqueles que estão a nosso redor. Assim como a oração, nós precisamos aprender a como melhor estudar as escrituras para que possamos passar por experiências sagradas e espirituais. Precisamos estar dispostos a aprender do Senhor e quando aprendermos colocar em prática tudo o que nos for ensinado e podemos fazer isso através do serviço nos chamados da Igreja.
Serviço Abnegado nos chamados da Igreja
Atento-me agora a falar da última chave para o fortalecimento de nosso testemunho, que é o serviço abnegado nos chamados da Igreja. Todo ou qualquer princípio que aprendemos é para o benefício tanto nosso como daqueles que nos cercam. Se realmente amamos ao Salvador e a sua doutrina estaremos dispostos a vivê-la e ensiná-la ao nosso próximo, tendo em mente de que “(...) quando estais a serviço de vosso próximo, estais somente a serviço de vosso Deus [8] Ao servimos nos chamados da Igreja temos a oportunidade de aplicar os princípios aprendidos através da leitura das escrituras e da oração sincera e ao servir de maneira abnegada somos ensinados do alto, aumentarmos consideravelmente o nosso testemunho e ampliamos a nossa visão e entendimento sobre os princípios do evangelho.
Tenho carinho especial para letra do hino 136 ‘Neste Mundo, este hino nos traz um grande convite para que possamos servir ao nosso próximo. No refrão deste hino lemos “Desperta e faz algo mais, não queiras somente sonhar, pelo bem que fazemos a paz ganharemos, no céu que será nosso lar.” Se o nosso desejo é realmente voltar a viver com temos que aplicar os princípios aprendidos através da oração e da leitura das escrituras, precisamos ter o desejo pungente no coração de nos tornarmos instrumentos nas mãos de Deus para realizar a sua obra.
Testifico que estas três chaves são uma ferramenta poderosa para aumentarmos o nosso testemunho do evangelho de Jesus Cristo, posso testificar isso com toda a clareza, pois tenho visto isso em minha própria vida. Convido-os a utilizarem estas mesmas chaves para adquirirem e fortalecerem o seu testemunho, em nome de Jesus Cristo, amém.
NOTAS
1. 1 Néfi 1:5
2. 1 Néfi 1:18
3. Hino 71 do Hinário em Português
4. GGE, verbete Oração
5. Morôni 10:4
6. Autor desconhecido
7. D&C 138:1-6, 11
8. Mosias 2:17
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